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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Eu choro de cara limpa


Limparam a minha cara suja da verdade
De quando criança
De quando eu tinha
Nas asas do vento
A felicidade
E me maquiaram
Com a cor da mentira
Que vestem os adultos


Chorei dia e noite
As lágrimas da dor
Que por fim limpou
Toda imundície
Que a boca falou
Que os olhos viram
E as mãos praticaram
Na cega ilusão…
E eu choro de cara limpa.


Renildo Borges

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