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sexta-feira, 7 de julho de 2017

A admirável conveniência humana.


Vou caminhando pelas ruas vazias
O mendigo com a mão estendida não existe
Assim como também não existem os pivetes
Com suas colas,crack e maconha
Não existem as prostitutas, os travestis...
Apenas as igrejas com suas estátuas frias,
caladas e sem vida, como eu, um homem morto
que os “amigos” chamam de bom


Vou caminhando pelas ruas vazias
Os velhos com suas bengalas desde as duas,
três,quatro horas da manhã nos postos de saúde,
com fome, aguardando a morte...
Não existem
Os traficantes licenciados pelo estado
Que vendem cigarros que matam 5,1 milhões de pessoas p/ano
Não existem
Não existe também o traficante de álcool que matam
3,3 milhões de pessoas p/ano

Vou caminhando pelas ruas vazias
A multidão que protestava a pouco
estão no estádio vendo um jogo que nada acrescenta
e os outros foram trabalhar pra pagar uma fantasia e desfilarem
“patéticos” no carnaval para gringo ver.
Não me odeiem ainda por favor, por que nem falei em dízimo
e falsos pastores,por que eles não existem

Vou caminhando pelas ruas vazias
de um país laico, mas que tem padroeira,
quando o papa chega há um aparato do estado a seu serviço
gratuitamente e é dona de quase todos os cemitérios do pais,
de todas as santa casas e cobram caro por seus serviços
Agora podem me odiar,se quiserem,
por que não preciso de religião e nem de suas falcatruas
eu preciso apenas de Deus e de obedecer os seus mandamentos.
Obs.
Por favor podem me explicar o que é ser um país laico ?

Renildo Borges

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