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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O Elevador dos fundos


Diga-me, caríssimo hipócrita!
Se acaso , olharmos o céu!
Tu verás diferente do azul que vejo?
E se haver estrelas,só tu as verás!
E eu não ?
Se estivermos em campo aberto e vier a chuva!
Choverá só sobre mim?


Diga-me ,caríssimo hipócrita!
Se acaso ,comermos uma fruta qualquer!
O sabor da tua ,será diferente da minha?
E a saudade que sentes de algo ou alguma coisa!
Será s diferente da saudade que sinto?


Diga-me, caríssimo hipócrita!
A doença e a morte só visitam a minha família!
E não a tua?
E a palavra Deus! Como soa aos teus ouvidos?
Como? Não compreendeste?


Deixa eu dizer novamente:
Tu és pó e ao pó tornará
Sem título inventados
Sem classe ou cátedra
E serás julgado com a mesma medida que tu medes
Então, desative o elevador dos fundos
Por que o Deus que o criou,não faz acepção de pessoas.


Renildo Borges

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