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domingo, 29 de abril de 2018

Um caso de (bipolar3) amor a parte



Não foi um cavalo branco
Como as histórias que contam
Por aí,nesse mundinho de fada...
Na verdade nem cavalo era
Era uma mula ruana
Rosácea como aquela tarde
que se findava...
Ah,quer saber!Que se dane a montaria
Quero falar de quem vinha montado
Com aqueles olhos morenos
Me convidando...Hum !
Pode parar!
Ué,Por quê?
Não vou ficar inventando essa coisa toda
Só pra dar um “tchan” na narrativa
Se quiserem
Inventem vocês mesmo
Que mania de querer tudo
Mastigado...
Tá bom! Calma,mas continue...
Ele veio foi a pé mesmo
Mas tinha um gingado no andar
"Oh saco,lá vem ela de novo
querendo passar açucar no pudim."
E quando passou por mim
Ah!Teu cheiro era uma mistura
De coisa boa
Que embriagava
Não me notou
Será que é gay?
Nem se virou
Xii ! Acho que é gay mesmo
(Obs.Nada contra a boiolice de ninguém!
Que fique registrado pro pessoal da lgbt)
"Mas eu queria
Uma rimueta
Um vai e vem
Um cabra bom
Pra essas coisas"
E ele foi andando
fui conferir...é claro
Eu atrás dele
Torci o pé
De mentirinha
Truque barato
Mas veja os fatos...
Minha bolsa
Esparramou aquele monte
De coisa que mulher acha que tem que usar
Pela calçada...
Dei um gemido(pra dramatizar)é claro
Ele ouviu
Ao se virar
Viu minha boca
As minhas coxas
O meu tesão
Se interessou...
aquele brilho no olhar era inconfundível
Amor só veio depois
De...
Êpa! Que é isso?
Quase entreguei
Será que ficou subentendido?
Sei lá! Esse povo que lê as coisas que escrevo
Parece que estava lá comigo
De tanto que afirmam
Que era assim e assado
Mas voltemos
Ao meu príncipe,
Meu gato
Meu macho...
Meu macho?
Ê ! Não vem não
É meu macho mesmo
Por que eu sou uma fêmea
Só me faltava essa!
Dar pitaco nos machos das outras
Amor eu sinto pelo meu pai
Pelo meu irmão
Por ele eu sinto tesão
Vontade de ...
Desculpe! Eu sou
Um pouco inibida
Tenho que me policiar
Já pensou se escrevo
Tudo que me vem em mente
Quando carente
Nas noites ardentes
Nossa! Gente...
Mas acho que ele gosta
Por que até hoje
Não foi embora
E se demora
Na minha boca
Nas minhas coxas
Dentro de mim
Êpa! Dentro
Também é do coração
Ou não?
Que confusão
Em Ipanema
Nesse dilema
transcendental
No carnaval.


Renildo Borges

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