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sexta-feira, 3 de agosto de 2018

O Deus de toda a humanidade (Jeremias 32:27)


Quem é o viado da Tiradentes?
É meu irmão!
A prostituta indecente da Central...é minha irmã
Os travestis dos arcos da lapa...é meu irmão
O batedor de carteiras...é meu irmão
O PM que regula a lei...é meu irmão
O juiz que não cumpre a lei...é meu irmão
O velho frade franciscano...é meu irmão
O padre dominicano...é meu irmão
O pastor gordo de dízimo...é meu irmão
O que causa confusão...é meu irmão
O babalorixá do terreiro...é meu irmão
O pinguço no boteco...é meu irmão
O camelô vendendo cacarecos...é meu irmão
Todos os gays das paradas...é meu irmão


Não sei qual é seu pecado
Não sou eu Deus nem Diabo
Pra te julgar sem defesa
Lá fora a fogueira acesa
Dos covardes seculares...

O negrinho carvoeiro...é meu irmão
A mulher que é mal amada...é minha irmã
Os cornos das madrugadas...é meu irmão
Os viciados,os maconheiros...é meu irmão
O safado que pichou meu muro...é meu irmão
A moça que fez um aborto...é minha irmã
A moça virgem no altar...é minha irmã
O arrogante em Paris...é meu irmão
Quem me estende a mão...é meu irmão
Os que sonegam o pão...é meu irmão
Quem se mata as madrugadas...é meu irmão
Os que matam por dinheiro e desfilam em
Fevereiro...é meu irmão
O preto,o branco e o índio...é meu irmão
O mulato,o pardo,o cafuzo...é meu irmão
Os que mudaram de sexo...é meu irmão

Lembrem-se do livre arbítrio
Que instaurou o Altíssimo
no ato da formação
Mas sempre passa as altas horas
em noites frias de inverno
Alguém falando de inferno
E que Deus não é pai de toda humanidade.


Renildo Borges

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