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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

A primeira vez que te perdi.



O primeiro dia sozinho, eu contemplei o caminho
No rosto a marca do tempo,no coração desalento...
A liberdade que eu queria gritando pelas horas do dia
Teu nome.
No segundo dia sozinho, um silêncio no relógio da parede
O tempo dizendo pra esquecer
Teu gosto guardado em minha boca
Teu cheiro fugindo entre os meus dedos
abandonando os lençóis...
A mentira em mim dizendo não
Mas meu corpo e todo o meu ser insistindo em gritar
Teu nome.
No terceiro dia sozinho
Procurei o cheiro do meio dia
Que só você fabricava no seu fogão
Escolhido a dedo com recomendação:
-Quero um com forno bem grande!
Mas o que vi foi fogo morto que gritava
Teu nome
No quarto dia não deu pra esperar
Tomei um banho pra desamassar a cara mal dormida
Botei o perfume que ela gosta mais
Enchi um copo de coragem pra engolir
o orgulho goela abaixo...
E encontrei ela no meio do caminho.

Renildo Borges

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