Translate

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Não há censura para a mente,nem para o coração.


Se censurar meu poema com tua mente pequena
Nós, ainda assim ,te acharemos um fraco
A prostituta forçada
O ladrão nas madrugadas
Meninos gritando fome
Aos pés da estátua estúpida, com teu nome
Que não nos impedirá de dizer
Que temos nojo de você

Se censurar meu poema com tua covardia
Com a soldadesca analfabeta
Que comem o resto da festa
Como cães abanando o rabo
Em sinal de obrigado
Comendo o lixo no beco
Nós,ainda assim, te acharemos um fraco
Nós, os negros,os índios,cafuzos,mulatos,alguns brancos desgarrados...
Nós, dos morros,dos quilombolas,das favelas,das taperas nordestinas,
das palafitas ribeirinhas,dos pampas falidos,das chapadas,dos cerrados,
das caatingas...
Ainda assim, te acharemos um covarde.

Renildo Borges

Nenhum comentário:

Postar um comentário