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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Ausência


A noite
Eu bebo ausências
Invento amores
Danço em madrugadas
Ao som da desilusão
E quando amanhece
E o dia me veste
De tão mortas horas


Eu quero ir embora
Para o infinito
Montado num grito
Que grita no fundo
Da ansiedade
Mentira ou verdade
Servidas na mesa
Dessa coisa acesa
Que dizem ser vida
Faço sexo com fantasmas
Que nem sabem que existo.



Renildo Borges

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