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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Sede


Amanhã quando a vida bater em minha porta
Talvez eu esteja morta
Por que gritei eu te amo
Pra não me matar tantas vezes
Esse meu corpo com sede
Da água que sai de ti
Que adubará minha semente
E haverá flores em nosso quintal
Pequenas flores ...

E das dores
Que tu semeias
Na minha cama
Na mesa
Oh homem!
Maldito seja
Sei que voltará pra ti
E chorarei por que amo
Mesmo sendo a sobremesa
Que você nem sempre quer

Amanhã ,quando a morte bater em minha porta
Mesmo eu fingindo de viva
sei que dirás que estou morta
Que é melhor eu partir
Que homens não valem nada
Mas valente defenderei
A minha prerrogativa
Um dia de alegria
Nos braços de quem eu quero
Pra fertilizar a flor
Que sempre guardei em mim.


Renildo Borges

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