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sábado, 15 de agosto de 2015

“A terceira onda”

A primeira era rosa que ainda em botão
Se abriu numa noite em pleno verão
Sobre areias desertas me fez prometer
Que eu seria só dela enquanto viver
A segunda era lótus veio do Maranhão
Trazia a mandinga nos seios ,nas coxas
Um visgo que gruda nos olhos e na boca
Gemia sussurros de enlouquecer...
A terceira discreta nunca disse não
Trazia um Deus dentro do coração
Orava e orava pra nunca perder
O amor que a fez simplesmente viver
A primeira um dia num encontro marcado
Me disse com olhos ainda molhados
Agora entendo o que tu querias
Não era somente a febre de um dia
A segunda achou-me pela internet
Mandou- me palavras com cheiro silvestre
Confessou-me que as vezes a si perguntava
O que havia em mim que ainda a encantava...
Queria me ver,pois ainda me amava
A terceira ,uma noite nos olhos me olhando
Doce,calmamente ela foi me falando
Te amo e te amei em todos os momentos
De forte ventania ou de calmos ventos
Não quebre o elo,não traga o tormento
Da fugacidade perdida no tempo.

Renildo Borges

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