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sexta-feira, 8 de novembro de 2019


Como era verde o meu sonho


Quem sou eu pra lhe apontar o dedo
Se desde cedo erro o caminho
Batendo em portas que desenhei
Buscando sonhos
Achando espinhos
Nenhum abraço
E eu sozinho

Quem sou eu
Pra reclamar do seu silêncio profundo
Se eu já gritei
Por ti
Por tantos
Na mesma tecla do desencanto
Por essas ruas sempre vazias
Da humanidade que eu queria

Quem sou eu
Pra desistir de tudo
Me esvaziar
Do que me dão
os absurdos
fermento
e ácido
dor
poesia
tinta escrevendo
nas madrugadas
um novo dia.

Renildo Borges

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