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sexta-feira, 8 de novembro de 2019




Longe demais do meu eu.


No começo a “ certeza”
Que me serviam na mesa
Que me serviam na escola
Que me serviam na igreja
Bendito louvado seja

Depois a desconfiança
Que me serviam os mendigos
Que me serviam os ladrões
Que me serviam as putas
Que me serviam os barões

Me escondi nos porões
Matei o amor que eu tinha
Por toda essa coisa “certa”
Por toda essa ladainha
Da verdade absoluta
E da mentira mesquinha

Renildo Borges

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