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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O Expresso da meia noite


A lua cheia lá fora
Em mim um grande vazio
Maré vazante levando
Meus sonhos por entre rios
Cachoeira
Rio de Una
Cururupe
Maruim
São águas amargas e triste
Correndo dentro de mim


A lua nova lá fora
Em mim uma velha saudade
A maré cheia trazendo
Você quando morre a tarde
No morro do Pernambuco
Cais de Una
No Pontal
Espero que Oli vença
A tempestade do mal

A lua míngua lá fora
Em mim cresce a tristeza
E a maré vazante leva
Meu sonho na correnteza
Eu já cansado me deixo
Não tenho amigos,nem pais
Caminho só no caminho
Sou singular
Sem plurais

A lua cresce lá fora
Eu sou descrente de tudo
No expresso da meia-noite
Olho a lua triste e mudo.


Renildo Borges

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