Queria aprender a ler
Mas seu caderno é sertão
Seu lápis uma enxada,
Foice, marreta, facão...
Os meninos moram longe
Da Bahia ao Maranhão
São meninos nordestinos
São meninos do sertão
Os meninos já nasceram
Marcados com a lei do cão
Em plantações de sisal
Tantos já perderam a mão
Os meninos às vezes choram
Os meninos às vezes ri
Os meninos às vezes voam
Com sonhos de bem-te-vi
Tantas vezes são de pedra
Tantas vezes são de aço
Tantas vezes desafiam
Os fortes que são tão fracos
Quando pegaram a estrada
Movidos pela ilusão...
Acabaram assentando tijolos
Na construção...
Sonho de subir na vida
Subiram o morro dos ventos
Vendendo o branco do dia,
Fumaça pra escapamento
E assim deram o endereço
A tantas balas perdidas
Não souberam ler o preço...
E sem ler perderam a vida
As meninas são bonitas
As meninas esperam em vão
Uma carta... uma notícia
Dos meninos do sertão.
Renildo Borges
Da Bahia ao Maranhão
São meninos nordestinos
São meninos do sertão
Os meninos já nasceram
Marcados com a lei do cão
Em plantações de sisal
Tantos já perderam a mão
Os meninos às vezes choram
Os meninos às vezes ri
Os meninos às vezes voam
Com sonhos de bem-te-vi
Tantas vezes são de pedra
Tantas vezes são de aço
Tantas vezes desafiam
Os fortes que são tão fracos
Quando pegaram a estrada
Movidos pela ilusão...
Acabaram assentando tijolos
Na construção...
Sonho de subir na vida
Subiram o morro dos ventos
Vendendo o branco do dia,
Fumaça pra escapamento
E assim deram o endereço
A tantas balas perdidas
Não souberam ler o preço...
E sem ler perderam a vida
As meninas são bonitas
As meninas esperam em vão
Uma carta... uma notícia
Dos meninos do sertão.
Renildo Borges
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