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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Panoramas


Não pude ver
por que vendo
dos olhos lágrimas corriam
E como corriam as águas
vendo as dores que sentias

Não pude parar
por que parado
eu nada fiz
eu nada fazia
e como parar
o que eu não faço
se parado a tua dor eu via

Quis sim dividir minha dor
que era só daquele dia
mas não quis trazer comigo
metade das que sentias
Fingi que eram estrelas
a luz que ilumina o dia
pra caminhar sem as sombras
das dores que tu sentias

Mas eis que vejo o espelho
da imunda hipocrisia
a dor dentro dos meus olhos
numa estranha ironia.


Renildo Borges

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