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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A estrela da noite


Assim que ela chegou e me viu...recostado na minha tristeza...
Me fitou uma ,duas, três...várias vezes, até que eu a notasse...
Lá fora a noite estava escura e chuvosa e eu a fitar aqueles olhos
lindos,cintilantes...Zás de repente notei que não era mas só seu olhar dentro de mim
Fiquei sem jeito,tão acostumado a solidão que eu tinha comigo ...
Pensei em chamá-la para dançar,mas tive medo
Fechei os olhos para não vê-la mais ,mas não funcionou


Via teu sorriso,teu corpo sensual num bailado de luz e o teu olhar
Quanta covardia cometi naquela noite! o medo da tua beleza auxiliado
pelo meu pessimismo, fez me esconder atrás de copos de cerveja e baforadas de cigarros
Comecei a pensar...logo eu ...que escrevia poesias,falando de amores outros...
Tal qual entes prenhe de amores...e almas felizes...comecei a rir de mim mesmo
Percebi que o tempo não apaga o decorrer de si próprio,

tal como no futuro,o presente é passado...

Começou a sessão de músicas lentas,caminhei até a metade do caminho para convidá-la
mas desisti,ao ver tantos rapazes serem recusados por ela...
resolvi não mais me torturar e fui embora...
No ponto de ônibus aguardando o 474,tremi quando ouvi atrás de mim a pergunta:
-Você pode me informar as horas? 

Me virei para responder,não que eu tivesse arrumado coragem alguma,
só queria ter certeza que era ela,eram três da manhã e a noite se seguiu com lábios se encontrando.
fervorosos,ávidos de sede um do outro.


Renildo Borges

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